A noite amanhece lá fora
E presenteia a todos com sua escuridão,
Minimizada por postes ligados em ruas desertas
Espantando de si as trevas
Da frieza e da solidão,
Nessa noite em que a própria lua perdeu
A si mesma.
O Recife parece dormir o sono
Dos milhões de filhos seus
Que de suas casas roncam em uníssono,
Melodias tocadas pelo próprio Morfeu.
- a cidade na madrugada
é um recipiente de sonhos -
Estás comigo em meu quarto,
E compartilhas dessa morbidez sonolenta unânime.
Teus olhos fechados, tua alma distante.
E eu não os fecho sequer um instante.
Sou o único na madrugada do Recife acordado,
Contemplando-te como um bêbado,
Apaixonado.
André Espínola
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2 comentários:
Não há muito pra comentar, o texto é muito bem escrito, só pra variar e a idéia é perfeita.
Você é um dos melhores escritores que conheço... Orgulho danado de você...!!!!
Beijões... te amo.
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