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I
há de chegar o dia
em que minha respiração
falhará.
e com a vista turva,
serei telespectador
in
high
d.....e..... i
...........f.......n
........................i....t.....i
.......................................on.
da minha própria
morte
II
talvez um ataque
cardíaco fulminante,
depois de anos à fio
entre Burger Kings
e McLanches.
quem sabe definhar
em constante (des)amor
com o desespero.
ou, ainda, por mais
inglório que pareça,
matar-me de estresse
por falta de (muito)
dinheiro.
III
mesmo assim,
por favor, não esqueça:
em meus olhos,
ponha duas moedas
para o barqueiro.
André Espínola
3 comentários:
Ótimo ler vc novamente.
Meu desejo é que vc produza, produza, produza.
Abraço.
Felipe
Opa, o texto todo é bom, mas esse final, fechou com chave de ouro.
Do caralho este poema André... " em meus olhos/ ponha duas moedas/ para o barqueiro"... uau, nossa!!
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