quarta-feira, abril 22, 2009

Solitude Noturna

Quando as luzes,
de súbito,
se apagam,

e ao redor tudo
é noite
verdadeiramente pura,
a única sem vaga
e sem lume,

vejo-me desesperado
na plena solitude,
onde mesmo ouvindo
a vida em mim,
eu não consigo
percebê-la.

então agarro-me
com todas minhas forças
à companhia
das estrelas

André Espínola

2 comentários:

Judô e Poesia disse...

Poema sensível e bonito. Gostei. "Agarro-me... à companhia das estrelas". Linda idéia. Abraços. Domingos.

Thais disse...

Excelente!
Parabéns.