No Marco Zero, a noite abraçava
As ruas e prédios antigos
Que cintilavam
Com luzes amarelas
De postes despercebidos.
Uma roda de ciranda
Com negras recifenses
Afro-decendentes,
Cantava suas alegrias
Pernambucanamente.
Em uníssono se ouvia
A ciranda que ressoava
Por tudo onde a noite abraçava:
"Eu estava na beira da praia
Ouvindo as pancadas das ondas do mar,"
E rodando a roda, todos repetiam:
"Eu estava na beira da praia
Ouvindo as pancadas das ondas do mar,
Esta ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na Ilha de Itamaracá". *
Lá trás,
As ondas se chocavam
Contra os arrecifes naturais,
E na roda as sandálias de couro fino
Chicoteavam o chão do Marco Zero,
Cheio pés recém-chegados.
E a roda
..............rodava
..rodava.....e....rodava
.............rodava.
E todos ficavam bêbados de ciranda.
Enquanto eu me embriagava
Com o vinho tinto
Dos teus lábios.
André Espínola
* Ciranda famosa de Lia de Itamaracá
** Pontos meramente por questão de formatação
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3 comentários:
Fala aê, conterrâneo! :)
Já havia passado aqui, rapidamente, pra voltar depois. Aprecio muito o teu estilo, esse toque urbano, o lance do poeta que capta td em volta do seu cotidiano, e põe no papel. Poeta de rua (?).
Sou pernambucano, mas andei afastado daqui, e voltei agora, meio perdido rsrs. Creio que vc esteja bem ligado à efervescência cultural da terrinha, sim? E esse lance do Poemetos? Qd sai?
Manda noticias, dai!
Vla a visita, abs!
Obrigada pelo comentário André. Adorei a valorização cultural regional que seu texto expressa. Beijos!
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