terça-feira, agosto 22, 2006

kd Misto-Quente

awee

desde quando eu vi que ia ler mais um livro de bukowski, já sabia que iria ser ótimo. mas não sabia que tanto. tal é a impressão do livro que estou lendo dele no momento, Misto-Quente. é bukowski em sua forma mais pura, mais sincera, mais crua, mais direta. impossível o ser mais do que ele consegue ser nesse livro.

Misto-Quente conta a infância/adolescência do personagem Henry Chinaski, que muitos afirmam que é o próprio bukowski. então é impossível ler esse livro sem o ligar à vida do seu autor. uma infância num país para se recuperar ainda da crise de 29, numa família pobre, com pais problemáticos não pode ser uma coisa para lá de boa. livro com linguagem simples, mas cheio de profundas reflexões. principalmente de um marginal da sociedade, de uma pessoa que é marginalizada, que não consegue ser como todos os outros, que não consegue ser aceito. é como se bukowski falasse diretamente conosco. muito do que é narrado ali várias pessoas já passaram por coisas similares e se identificam muito com aquilo. o livro trata ainda do começo da relação de bukowski com a bêbida, que o acompanharia por todo o resto da vida.

na sinópse do livro tem escrito "quem não leu Misto-Quente, não leu bukowski". estou chegando perto do fim do livro e não posso fazer nada exceto concordar com a afirmativa. "Notas de Um Velho Safado" e "O Capitão Saiu para o Almoço e a Tripulação tomou conta do navio" (os outros dois que eu li dele) também são ótimos, mas não tem essa familiaridade com o leitor.

então é isso.

2 comentários:

Para continuar disse...

e tu vai me emprestar,né, amigãão? :D

João Paulo disse...

opa, linguagem simples é comigo mesmo aeiuhaeiuh