domingo, abril 07, 2013

Assim acordarei dançando


quando eu morrer

não quero moeda
para o barqueiro no olho
nem bandeira dessa pátria
que tanto maltrata
meu povo nordestino;

quando eu morrer
e se assim a Morte
permitir

 - se não explodirem
meus miolos
ou meu corpo
não figurar na estatística
dos não encontrados -

eis meu último pedido:

quando eu morrer
que me enterrem ao menos
com fone de ouvido!

André Espínola

1 comentários:

Giovani Iemini disse...

andré,
hoje é dia de sua postagem no bar do escritor. não a esqueça, por favor.

[]s