sexta-feira, outubro 21, 2011

No Leito de Morte


I

enquanto seu mundo desaba

- e todas as árvores
viram pó -

chove nuvens
como fuligens
vulcânicas.

II

enquanto o céu azul racha

- e seus demônios surgem
de negros abismos do chão -

cada um
deve desembainhar
sua própria espada.

III

enquanto empilham-se o mortos

- que ao menos o meu
apocalipse seja lutando -

lutando
pelo verde
de teus olhos.

André Espínola

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