
meu reino
teria uma casa velha
de madeira,
uma senhora bonita
de olhos verdes
e dois herdeiros
pentelhando pela sala,
seus sorrisos
ecoando
pela eternidade
de nossas vidas.
eu estaria bebendo
cachaça na cadeira
de balanço,
coçando a cabeça
de um vira-lata velho
e pulguento,
mas desse meu reino
uns já se foram
e outros nem chegaram
a existir.
sem herdeiros,
meu reino fenecerá
logo depois de mim.
André Espínola
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