sexta-feira, maio 23, 2008
pelo céu
te vi voando à
noite
pelo céu,
mas não me perguntes
como,
pois não o sei.
voar tu não voas,
e asas sei
que não tens,
mas mesmo com
a lógica dormindo,
te vi voando à
noite
pelo céu.
talvez como
uma brisa
de pensamentos
jogadas ao léu,
uma estrela
cadente
que, carente,
vinha ao meu encontro
acelerando o carrossel,
ou as letras
de poesias não escritas,
escrevendo-se a si mesmas
no escuro do papel,
para ninguém ler.
só eu,
que te vi voando à
noite
pelo céu.
André Espínola
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