quarta-feira, dezembro 26, 2007

Ode aos Poeteiros

Masturbo-me em pleno dia,
No trabalho, em casa
Ou no meio da rua.

É nisso que dá
Ver o mundo em suas formas
Todas nuas.

Viver batendo punheta.

Sair gozando na boca
Amarela da lua,
No corpo multicolorido do céu
E nos olhos brilhantes
Das estrelas

Minhas órfãs letras.

Para serem limpadas pelo papel
Higiênico de poesias
(im)perfeitas.

André Espínola

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