Estava deitado, quase dormindo, no escuro,
E o vento bateu na janela fortemente,
Produzindo assim um estranho barulho,
Até que a porta se abriu de repente...
Quando vi que não havia ninguém, tomei um susto!
Então sentei-me, esfreguei meus olhos bem,
E destingui na escuridão um vulto,
Que parecia-me ter vindo do além...
Pensei: "É a morte que agora vem
Visitar-me nessa escuridão?"
Observo-o e vejo que o vulto tem
Meu próprio aspecto, embora sendo mais velho...
Seria isso ilusão?!
O vulto era um maltrapilho, pobre, sujo,
E ele viu que seu estado eu percebi,
E me diz: "Eu sou tu no teu futuro"
Ao que respondo: "Eu sei, me reconheci!"
"Que seja! vim apenas trazer uma mensagem para ti:
Muda teu caminho, muda teu rumo,
Se tu não queres terminar assim,
E jogares fora um belo futuro..."
Ao ouvir tua mensagem, agradeci...
Pelo útil conselho dado no escuro,
Mas logo depois, adormeci...
Pois nós dois sabemos: sempre fomos estúpidos!
E não é uma visita que vai mudar!
André Espínola
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