
era uma planta
artificial
que ficava num canto
da sala
que não pegava sol.
via o mundo por uma
pequena fresta
na janela.
o seu dia era a noite,
interrompido
pelo desligar-se
das lâmpadas na madrugada.
as folhas tinham
um ar longínquo
e disperso.
sua raíz sonhava.
não chorava.
nunca chorou.
nunca fora engolida
pelo orvalho,
e nunca servira de ninho
para pássaros.
só os ouvira cantar
o canto de desespero
engaiolado.
se pudesse cantar,
unir-se-ia a eles
em uníssono cântico.
diante de seus olhos
plásticos suplicantes,
coloquei-a num jardim
e vi que por tanta
vontade de crescer
cresceu.
chorou.
levantei a vista para ver
as suas folhas e frutos
úmidos de orvalho,
e um passarinho cagou na minha testa.
não o vi.
apenas ouvi seu canto libertário
que ecoava pelo o jardim.
a árvore, agora permeada
pelas formigas
e pelo sol,
sorria.
André Espínola
Muito bom.
ResponderExcluirParabéns!
Abraços
maravilha de cenário
ResponderExcluirExcelente, cara!
ResponderExcluirParabéns mesmo!
Eu acho que ainda paquerarei esse poeta!
ResponderExcluir:P
Maravilha de poesia, André. Imagem linda demais e bela foto de Felipe, tudo se encaixou perfeitamente.
:D
A planta sugere toda a dor da nossa solidão. Pelo menos, foi assim que entendi. Muito bom
ResponderExcluir酒店經紀PRETTY GIRL 台北酒店經紀人 ,酒店經紀 酒店兼差PRETTY GIRL酒店公關 酒店小姐 彩色爆米花酒店兼職,酒店工作 彩色爆米花禮服店, 酒店上班,酒店工作 PRETTY GIRL酒店喝酒酒店上班 彩色爆米花台北酒店酒店小姐 PRETTY GIRL酒店上班酒店打工PRETTY GIRL酒店打工酒店經紀 彩色爆米花酒店兼差,酒店,
ResponderExcluir